Como
"descobridores" do Brasil, vieram para a colônia
desde seus primeiros tempos de existência. Mesmo
considerando-se apenas o período posterior à
Independência (1822), os portugueses representam
a etnia imigrante mais numerosa. Foram atraídos
pelas dificuldades econômicas no país de
origem e pelas afinidades lingüísticas.
Lembremos, porém, que, considerado apenas o período
1877-1972, o fluxo de ingresso de portugueses e italianos
se assemelhou, correspondendo respectivamente a algo
em torno de 31% do total de entradas. Dedicaram-se tanto
a atividades rurais como urbanas e, mais do que qualquer
outra etnia, espalharam-se por várias regiões
do Brasil.
O Rio
de Janeiro constitui o maior centro urbano concentrador
de portugueses e seus descendentes. Controlaram, no
passado, desde o comércio a varejo de alimentos
até os grandes jornais. Durante o período
que vai da Independência do Brasil a fins do século
XIX, os portugueses foram alvo de críticas preconceituosas
por parte dos nacionais, sobretudo no Rio de Janeiro.
Essas
críticas resultaram de ressentimentos para com
os colonizadores e ganharam amplitude pela atividade
exercida pelos portugueses na capital do País.
Como estes controlavam aí a venda de gêneros
alimentícios, tornaram-se muitas vezes bode expiatório
para os problemas da população, decorrentes
da elevação de preços.
Texto de Boris Fausto -
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